Como eram as primeiras tecnologias de água e saneamento

No dia 11 de abril de 2022, fomos para o centro da cidade para conduzir uma entrevista com Átila Ramos. Além de engenheiro mecânico e artista plástico, Átila também é escritor, com livros como O Saneamento Em Dois Tempos Desterro e Florianópolis e Memória do Saneamento Desterrense. Dessa forma, justamente para saber mais da história da água e do saneamento da capital catarinense é que fomos ao seu encontro.  

No começo do século passado, quando o sistema de distribuição de água da cidade de Florianópolis começou, o meio de entrar em contato com a água era muito diferente dos de hoje em dia. No texto a seguir, trazemos informações e fotos coletadas em uma entrevista que fizemos com o escritor e pesquisador Átila Ramos.

Em 1910 temos um sistema construído com material importado da Europa captando a água do manancial do Itacorubi e de uma cachoeira que tem na Lagoa da Conceição (RAMOS, 1986). Dessa forma, se formava uma espécie de Y, que levava a água até o R0 – localizado no antigo Morro do Antão, hoje Monte Serrat – e que, depois, a água descia morro abaixo até o centro da cidade e chegava às torneiras residenciais e às bicas públicas.

As bicas públicas eram locais onde a população poderia retirar água para utilizar da forma que quisessem. Várias dessas bicas foram instaladas no centro da cidade, para que o público tivesse acesso às mesmas. Abaixo, trazemos a foto dos lavatórios, que também era uma das formas que as pessoas poderiam ter acesso à água, e também trazemos imagens das bicas.

Fotografia de uma bica pública, retirada da coleção de Átila Ramos.

Fotografia retirada do livro Memória do Saneamento Desterrense (1986) de Átila Ramos

Portanto, seguindo a ordem cronológica, em 1913 teremos o começo da construção do sistema de esgoto da capital do estado, obra que só seria inaugurada em 16, por causa da primeira guerra mundial e, com isso, a pausa nas obras. Portanto, um dos componentes mais importantes, na época, quando falamos do sistema de esgoto, eram os castelinhos. Os castelinhos, na verdade, são bombas de esgoto, que levavam os resíduos para a estação de tratamento.

Fotografia de um castelinho e de seu interior. Retirado da coleção de Átila Ramos.

Por fim, outras imagens que achamos muito interessante trazermos para essa matéria foram a de três recibos da época. Sendo elas, tanto o recibo de um dos canos importados da época, quanto da conta de água e da taxa de esgoto. 

Fotografia retirada da coleção de Átila Ramos.

Fotografia retirada da coleção de Átila Ramos.

Fotografia retirada da coleção de Átila Ramos.

Referências Bibliográficas

RAMOS, Átila. Memória do Saneamento Desterrense. Florianópolis: Ed. CASAN, 1986. 

Entrevista feita no dia 11/04/2022 com o escritor e pesquisador Átila Ramos.